3 de fevereiro de 2009
fluxus #2 - song one, two & three
Assistiu a Paranoid Park, sozinho, ou com a namorada, um copo de suco de manga na mão, de tão doce, transe, o sobe e o desce do skate, poesia junkie, impressionante, quem diria? Toca o telefone, desliga, pensando quando e onde vai comprar a sua prancha, para balançar o fim de noite. Se está sem companhia, aperta o rewind, alto, doze vezes, tem superstição, prefere quando a soma é 3. Desliza a cabeça, para trás, para frente, confortável no deck, destino com e sem eixo, ao mesmo tempo, trucks, trucks, trucks, esse tapete voador, o céu tão mais perto, o peito tão mais longe. E Mr. Van Sant acerta de novo, em cheio; você domado, dopado: a música redonda emoldurando a vida quadrada.
Ethan Rose, Ethan Rose, Ethan Rose. Você, que mora em Portland e descobriu um aparelhinho ruidoso na casa dos avós, em 74, que ficou sem graça no dia do primeiro beijo e pediu uma segunda chance, que nunca veio, Ethan Rose; precisamente você, que persegue o som do vento que corre do outro lado da janelinha do avião, fantasiado de piloto, faux, faux, faux; nada precisa ser real, sendo (caramba!) de verdade; nem imagina, Ethan, mas estamos falando de você.
Rodrigo Maceira
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