Como não estou com paciência para escrever, mas queria passar a minha impressão sobre os lançamentos musicais de 2007, resolvi criar um índice atrelado à expectativa que eu tinha para cada disco.
Para tornar o exercício mais simples, considere que a expectativa em questão é composta da seguinte maneira:
70% - qualidade do disco anterior (QDA);
20% - palpite pessoal sobre o disco / rumo da banda (PPD/RD);
10% - hype alheia (HA).
Cabe notar que a relação de discos abaixo foi estabelecida de acordo com o Nível Mínimo de Expectativa (NME). Dentre todos os lançamentos do primeiro semestre de 2007, apenas esses 13 discos conseguiram superar tal patamar.
Com vocês, o Índice de Resultado sobre a Expectativa do Papai Aqui (IREPA):
Aquém
Bloc Party
Clap Your Hands Say Yeah
The Rakes
Ao par
Deerhoof
LCD Soundsystem
Arcade Fire
Além
Modest Mouse
The Twilight Sad
Deerhunter
A vir
Interpol
Les Savy Fav
Radiohead
Voxtrot
31 de julho de 2007
30 de julho de 2007
pílula amarga 2
Momento musical mais indigesto e forçado na história do cinema - Beleza Roubada, quando Liv Tyler "bota pra quebrar" ao som de Rock Star, do Hole.
casa de ferreiro, espeto de pau
Este sujeito pacato da foto é o lendário Yanni, grande luminar da música new age. Você deve conhecê-lo como autor de hinos das esperas telefônicas e salas de espera de dentista, estrela de videoclipes dignos de papel de parede de videokê e mensageiro da paz espiritual. Não dá para acreditar na existência de qualquer forma de tormento por trás dessa cara de picolé.
Pois bem, essa fotografia foi tirada em uma delegacia de Palm Beach, para a qual Yanni foi levado após bater em sua companheira. A história: uma discussão acalorada entre as partes degringolou de tal forma que o bigode resolveu chutar a mulher para fora da casa dele, literalmente.
Até aí, são coisas da vida - quantos são os casos de homens covardes açoitando suas mulheres? O que torna a história suculenta são os detalhes do acontecimento.
A moça, de fato, acatou a decisão de Yanni e pôs-se a enfiar suas coisas em uma mala. Isso, entretanto, não era suficiente para ele, que então bradou:
"Você é um lixo. Deveria levar suas coisas em um saco de lixo."
Uh! Um comentário deveras ofensivo e humilhante, mais do que adequado para mostrar à insolente quem é o chefe.
Mas Yanni não é um homem de palavras, e sim, de ações. Logo, pegou a mala da mulher, jogou suas coisas no chão e trouxe um saco de lixo, literalmente, para que ela fizesse sua mudança.
UH!
Moral da história: nunca arrume briga com um daqueles vendedores de flautinhas peruanas no centro. A casa VAI cair para o seu lado.
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festival indie rock
Eu não tinha nenhuma expectativa quanto ao Festival Indie Rock, que rolou na quinta e sexta-feira da semana passada.
Não tive a mínima curiosidade de ir na primeira noite, não gosto de Magic Numbers.
Cheguei meio tarde na sexta-feira, achando que só conseguiria ver a Nação Zumbi antes do Rakes. Faz um bom tempo que não vejo o show deles e queria muito ver como estão depois do lançamento do último disco deles, "Futura".
Para a minha surpresa, uma boa por sinal, eu estava enganada com a ordem dos shows. Perdi a Nação, mas fiquei conhecendo a Móveis Coloniais de Acaju.
Já tinha ouvido falar bastante deles, mas nunca tinha ouvido uma música.
A banda é gigante, com direito a metais e tudo mais, e animadérrima, não param um segundo.
Para mim, a melhor música ao vivo foi "Aluga-se Vende-se", do primeiro disco deles, "Idem".
Depois da Móveis, veio o Rakes. Nunca gostei muito da banda, sempre achei muito "hypada", mas queria ver como era o show.
Acabei me surpreendendo muito. As músicas são bem melhores ao vivo, e a banda é agitadinha no palco, principalmente o vocalista, Alan Donohoe, que não parava de dançar com passos robóticos dos mais variados.
A apresentação foi bem divertida e os caras foram simpáticos com a platéia, bem menor do que a esperada.
A parte mais chata da noite foi o público minguado, que não encheu nem um terço do Via Funchal. Espero que isso não atrapalhe a iniciativa que está se tendo, de uns tempos para cá, de trazer bandas de rock mais novas, como Rakes, Yeah Yeah Yeahs, Arcade Fire, Tv On The Radio, Franz Ferdinand, Art Brut, etc.
Não dá mais para aturar só os mesmos shows de bandas jurássicas que vêm todos os anos para cá e só fazem sucesso no Brasil.
Logo mais posto as fotos dos shows.
Não tive a mínima curiosidade de ir na primeira noite, não gosto de Magic Numbers.
Cheguei meio tarde na sexta-feira, achando que só conseguiria ver a Nação Zumbi antes do Rakes. Faz um bom tempo que não vejo o show deles e queria muito ver como estão depois do lançamento do último disco deles, "Futura".
Para a minha surpresa, uma boa por sinal, eu estava enganada com a ordem dos shows. Perdi a Nação, mas fiquei conhecendo a Móveis Coloniais de Acaju.
Já tinha ouvido falar bastante deles, mas nunca tinha ouvido uma música.
A banda é gigante, com direito a metais e tudo mais, e animadérrima, não param um segundo.
Para mim, a melhor música ao vivo foi "Aluga-se Vende-se", do primeiro disco deles, "Idem".
Depois da Móveis, veio o Rakes. Nunca gostei muito da banda, sempre achei muito "hypada", mas queria ver como era o show.
Acabei me surpreendendo muito. As músicas são bem melhores ao vivo, e a banda é agitadinha no palco, principalmente o vocalista, Alan Donohoe, que não parava de dançar com passos robóticos dos mais variados.
A apresentação foi bem divertida e os caras foram simpáticos com a platéia, bem menor do que a esperada.
A parte mais chata da noite foi o público minguado, que não encheu nem um terço do Via Funchal. Espero que isso não atrapalhe a iniciativa que está se tendo, de uns tempos para cá, de trazer bandas de rock mais novas, como Rakes, Yeah Yeah Yeahs, Arcade Fire, Tv On The Radio, Franz Ferdinand, Art Brut, etc.
Não dá mais para aturar só os mesmos shows de bandas jurássicas que vêm todos os anos para cá e só fazem sucesso no Brasil.
Logo mais posto as fotos dos shows.
29 de julho de 2007
mp3 do dia - foreign born
Sabe aqueles momentos de empolgação genuína ao ouvir uma banda nova e não acreditar nos próprios ouvidos? Por alguma razão, as pessoas costumam restringir essa sensação à adolescência.
Você já ouviu um dos inúmeros chavões associados à volatilidade emocional do jovem quando em contato com a música: movimento punk, teenage riot, teen angst, smells like teen spirit.. Mas quem disse que a vontade de gritar, a sensação de peito cheio e a vontade de pegar uma guitarra, quando despertados pela música, devem ser privilégios exclusivos de adolescentes cheios de espinhas? Música é música, ponto. Se você gosta dela, sua idade não mudará o seu entusiamo por ela...
Somente agora, jovem adulto que sou, olho para trás e vejo como minha relação com a música mudou profundamente com o passar dos anos. Os clichês do passado nunca soaram tão verdadeiros.
Aquela supracitada sensação despertada pela música? No passado, passava por ela semanalmente; hoje em dia, ouço tudo de forma tão cautelosa e crítica, que acabo perdendo a experiência emocional dessa primeira audição, capaz de deixar sua boca aberta, sua mente confusa, sua voz engasgada, desesperada por não ser suficiente para anunciar ao mundo a sua descoberta.
Bem, tive um momento adolescente nessa semana: sai completamente do eixo ao ouvir Foreign Born. Eles são uma banda da Califórnia, procedência um tanto surpreendente para o tipo de som que fazem: vocal e guitarras com reverb e outros efeitos, camadas de acordes e um pé firme no shoegazing.
Chama a atenção como o Foreign Born consegue partir de uma fórmula já batida para forjar um som infinitamente mais propulsivo, sem perder a beleza etérea peculiar dos nossos amigos olhadores de sapato.
Sabe quem fazia isso bem e deve ser influência em cheio da banda? O U2 de outrora, antes do Bono ficar com a cabeça gigante e complexo de messias. O dom para hinos é o mesmo, certamente, como dá para perceber nessa música, ó:
Foreign Born - It Grew on You. (clicar com o botão esquerdo)
E não é que a adolescência faz falta?
Você já ouviu um dos inúmeros chavões associados à volatilidade emocional do jovem quando em contato com a música: movimento punk, teenage riot, teen angst, smells like teen spirit.. Mas quem disse que a vontade de gritar, a sensação de peito cheio e a vontade de pegar uma guitarra, quando despertados pela música, devem ser privilégios exclusivos de adolescentes cheios de espinhas? Música é música, ponto. Se você gosta dela, sua idade não mudará o seu entusiamo por ela...
Somente agora, jovem adulto que sou, olho para trás e vejo como minha relação com a música mudou profundamente com o passar dos anos. Os clichês do passado nunca soaram tão verdadeiros.
Aquela supracitada sensação despertada pela música? No passado, passava por ela semanalmente; hoje em dia, ouço tudo de forma tão cautelosa e crítica, que acabo perdendo a experiência emocional dessa primeira audição, capaz de deixar sua boca aberta, sua mente confusa, sua voz engasgada, desesperada por não ser suficiente para anunciar ao mundo a sua descoberta.
Bem, tive um momento adolescente nessa semana: sai completamente do eixo ao ouvir Foreign Born. Eles são uma banda da Califórnia, procedência um tanto surpreendente para o tipo de som que fazem: vocal e guitarras com reverb e outros efeitos, camadas de acordes e um pé firme no shoegazing.
Chama a atenção como o Foreign Born consegue partir de uma fórmula já batida para forjar um som infinitamente mais propulsivo, sem perder a beleza etérea peculiar dos nossos amigos olhadores de sapato.
Sabe quem fazia isso bem e deve ser influência em cheio da banda? O U2 de outrora, antes do Bono ficar com a cabeça gigante e complexo de messias. O dom para hinos é o mesmo, certamente, como dá para perceber nessa música, ó:
Foreign Born - It Grew on You. (clicar com o botão esquerdo)
E não é que a adolescência faz falta?
28 de julho de 2007
27 de julho de 2007
pílula amarga
Música que todo mundo gosta (garotas, principalmente), e eu odeio - Blister in the Sun, Violent Femmes
tags:
música,
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violent femmes
touché
"It's hard to tell who's the asshole here, but my vote's usually for any guy who calls himself Bono Vox."
26 de julho de 2007
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