23 de março de 2009

just a fest em sp



O Just A Fest conseguiu o que todo mundo tentava há anos: fazer o Radiohead se debandar até o Brasil. A espera foi longa, a ansiedade foi imensa, e os caras realmente fizeram um dos melhores shows das vidas de muitas pessoas que estavam presentes ontem, na Chácara do Jockey.

Como não sou nem um pouco fã de Los Hermanos, nem perdi meu tempo assistindo ao show deles. Cheguei no finalzinho, e ouvi umas duas músicas durante a longuíssima caminhada de onde estacionamos o carro, até a longuíssima caminhada ao posto para retirada do ingresso e a longuíssima caminhada de volta até a entrada do show.

Logo começou o Kraftwerk. O show durou cerca de uma chatíssima hora, na qual fiquei na "fila" do banheiro, "fila" do caixa e "fila" do bar/restaurante. Digo "fila" porque para onde você ia eram bolos de gente se amontoando, e não filas de fato.

Logo que o Radiohead entrou no palco isso tudo ficou para trás. Os caras são perfeitos no palco, super profissionais. O som estava bom, mas meio baixo na minha opinião. Ainda mais quando um bando de gente idiota fica conversando, de costas para o palco. Quase shushei os imbecis umas 15 vezes.

O In Rainbows ao vivo ficou incrível e as músicas que foram trilha sonora da minha adolescência (Karma Police, Lucky, Paranoid Android, Exit Music, Talk Show Host) não poderiam ser melhores. Eu só mudaria uma coisa no setlist: trocaria Fake Plastic Trees por No Surprises em um piscar de olhos.

Depois de uma noite perfeita, em termos musicais, a organização deu mais um show de descaso. O estacionamento oficial do evento, que ficava em um morro, no meio do mato, sem iluminação, cheio de barro e sem funcionários para auxiliar na saída dos sete mil carros que deveriam estar estacionados lá, virou um caos.

Demoramos DUAS HORAS E MEIA para conseguirmos sair daquele inferno, sem banheiro, sem água, sem a assistência de ninguém. Isso tudo custou a bagatela de 35 reais. Era isso, ou flanelinhas que cobravam de 25 a 50 reais para "guardar" o carro.

Esse tipo de coisa continua acontecendo show após show, e ninguém toma nenhuma providência. Os frequentadores continuam sendo tratados que nem lixo. E tudo isso pela bagatela de 200 reais. Pois é, nem todo mundo falsifica carteirinha de estudante.

Espero que a prefeitura, ou sei lá quem seja responsável por isso, seja mais rígido nos quesitos para a realização de eventos desse porte porque, sinceramente, eu prefiro que tenham menos shows aqui do que ser vítima desse amadorismo que a gente presencia a cada festival grande.

Deixando o momento desabafo de lado, foi FODA!!!!!!!!

Ps - me desculpem pelo texto longo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Faltou um requisito fundamental: o público se apaixonar pelo show, enquanto o show estava sendo :o) E não depois.

Besos!

Ricardo Tomasi disse...

pior foi quem foi de ônibus/taxi. não passou 1 onibus até as 3h da manhã, e levamos 2h30 até conseguir um taxi que nao queria o preço do ingresso pra ir até a paulista.