10 de fevereiro de 2009

não é carne nem peixe #10 - cidadão instigado



Entrevista com Cidadão Instigado (Fernando Catatau), por Felipe Gutierrez.

O seu público é sofisticado. Por que você acha que ele se identifica com temáticas de gente simples (como dentes de ouro ou "os urubus só pensa em te comer")?

Nem sei se meu publico é sofisticado. Talvez seja. Na minha cabeça é porque a música não tem fácil acesso a todas as pessoas. Se tocasse em rádio, no mínimo as pessoas teriam a opção de escolha pra saber se gostam ou não, mas esse é o mal do mercado fonográfico em geral. Enfim...não reclamo muito do que tenho, não. Quem se interessa e gosta, procura e acha.

Você é amigo do Rodrigo Amarante, certo? Tem conversado com ele agora que ele é "gringo"? E você pensa em tentar uma projeção no exterior?

Eu sou muito amigo do Rodrigo e converso com ele sempre. Não acho que ele tenha se tornado "gringo". Pelo menos não noto diferença. Continua sendo o Rodrigo que conheço. Simples e honesto. Em relação ao Cidadão no exterior, nós já tocamos poucas vezes na Europa. Vamos na homeopatia. Não temos disco lançado lá fora, mas tem bastante gente que conhece já.

O "Método Tufo (...)" já vai completar quatro anos. Você está com disco novo para sair? Se a resposta for positiva, pode falar um pouquinho do disco?

Começamos o processo do disco novo. Deve ser lançado no meio do ano. Tem várias músicas que já tocamos ao vivo. Ainda está tudo se resolvendo, mas tenho gostado bastante.

Você escreveu sobre o preconceito em algumas de suas canções. Depois do reconhecimento da crítica, você acha que alguma coisa mudou?

Preconceito sempre vai existir. Isso é natural do ser humano. Iluminado é aquele que aos poucos e com o decorrer da vida vai se desvencilhando dessas coisas, mas no geral é comum. Hoje em dia as coisas estão melhores pra nós, sim, mas mesmo assim é tudo muito lento. Poderíamos fazer mais shows. Isso seria perfeito. Correr o Brasil todo, mas a lentidão é necessária e tá tudo certo.

2 comentários:

Anônimo disse...

O bom desse entrevistador é que ele pergunta justamente o que o público quer saber. Sem coisas técnicas, ou processo de criação, blablabla.

fernando araújo disse...

Felipe, é você???