Qual a sua relação com Peter Broderick?
Peter Broderick é meu irmão mais novo, e também um dos meus colegas de banda no Efterklang.
Qual a sua relação com Portland?
Eu cresci num lugar a cerca de uma hora e meia de Portland durante o fim da minha infância. Era a cidade grande mais próxima da pequena cidade onde eu e minha família morávamos. Me mudei para Portland há nove anos, e tenho realmente gostado de viver lá por várias razões. As comunidades artística e musical de lá são muito únicas, e a cidade está entupida de gente com talento. Para mim está sendo um lugar ótimo para escrever e tocar música, e também para fazer bons amigos.
Você teve treinamento musical?
Minha família era muito musical. Eu comecei a ter aulas de piano quando tinha 8 anos, e continuei até grande parte da minha educação na faculdade. Comecei a tocar em bandas quando tinha uns 18 anos, mas só comecei a escrever minhas próprias canções há uns dois anos. Nunca tive aulas de canto, mas acho que seriam bem divertidas.
30 de novembro de 2009
Não É Carne Nem Peixe #23 - Entrevista com Heather Woods Broderick
Veja como foi o show do Yacht no Smirnoff Experience
Quem perdeu pode tentar ter uma ideia do que foi nos vídeos aí embaixo.
Em breve, fotos no nosso Flickr: http://www.flickr.com/photos/dominodromo/. Em breve, junto às do Brooklyn Bridge, porque eu já torrei o meu limite de uploads do mês, ok?
26 de novembro de 2009
Florence and The Machine: Tres Avant Garde
No comercial ela interpreta ela mesma, participando de um programa de TV dos anos 60. A única pena é que o filme é em preto e branco, e não dá para ver a cor incrível do cabelo dela.
Me declarei agora!
25 de novembro de 2009
Vênus de Milo com dois braços # 4: Uma Imagem Vale Mil Palavras
Depois de três colunas recheadas de textos, resolvi compensar com um post gráfico. Veja, absorva, conclua.
http://cache.gawker.com/assets/images/gizmodo/2009/11/MusicRetail_R7_Mint.jpg
24 de novembro de 2009
Notícias dos últimos dias III: Brian Borcherdt (Holy Fuck), Dirty Projectors, Small Black, Supersuckers, The Roots, Interpol, Raimundos e Tico Santa C
* No último final de semana o The Roots fez uma participação especialíssima no show do Dirty Projectors, em Nova York. Esse vídeo aí é para já ir entrando no clima do show do dia 02/12.
* Os shows que o Supersuckers faria nos dias 27 e 28 de novembro, no Goiânia Noise e na Clash, respectivamente, foram cancelados. A banda culpou o excesso de burocracia para conseguir os vistos de trabalho para o Brasil. Os promotores disseram que a banda se precipitou e poderia ter tentado mais antes de desistir das apresentações.
* O Small Black, que fez um dos shows mais legais que eu vi em NY, em outubro, deu uma passada na sede do The Trip Wire, e gravou versões ao vivo de Despicable Dogs e Pleasant Experience. Esses garotos ainda vão dar o que falar!!
* O Interpol anunciou que já está trabalhando no seu próximo disco, que deve ser lançado ainda no primeiro semestre de 2009. Sam Fogarino disse que o álbum será mais parecido com o primeiro da banda Turn on the Bright Lights, lançado em 2002.
* Para encerrar, uma das melhores notícias dos últimos tempos. Lembra do Raimundos? Lembra do Tico Santa Cruz, do Detonautas? Então, Tico será o novo vocalista da banda de Brasília. Por enquanto vai ser só durante uma turnê especial, mas se a coisa "for bem" a colaboração poderá se tornar uma coisa fixa. UAU!
19 de novembro de 2009
MP3 do dia - Heather Woods Broderick
Heather Woods Broderick, você me estragou. Seus sussurros, seu piano gentil, sua reconfortante calma são a perdição. E você ainda guardou estas cordas para o final de sua canção. Que bom gosto.
Diga adeus para o Peter Broderick e a quem mais merecer uma despedida. Diga adeus a Portland. Você virá comigo. Não posso te dizer para onde. Mas não se preocupe, pois, mesmo na minha ausência, você ainda terá algumas amigas para conversar por lá.
[MP3: heather woods broderick - from the ground]
do álbum from the ground (2009)
FICHA
Quem: Heather Woods Broderick
Onde: por ora, Portland, EUA
Myspace: myspace.com/woodsmusical
Vênus de Milo com dois braços # 3: Universo Expandido
Houve um tempo em que bandas ganhavam dinheiro vendendo CDs. O CD era a materialização física de seu trabalho. Você podia apalpá-lo, sentí-lo e exibí-lo em sua estante, assim justificando o preço pago por aquele conjunto de músicas. Com o advento do mp3, do iPod e do download ilegal (mas praticado por quase todo mundo) esse cenário mudou. Tá, já falei sobre isso na minha coluna anterior mas vale a pena repetir para os desavisados.
O negócio é que vivemos em um sistema capitalista e, feliz ou infelizmente, esses caras que tocam as músicas que gostamos de ouvir merecem ganhar alguma coisa em troca para garantir o pão nosos de cada dia, o leite das crianças e qualquer outro clichê que você prefira. Só que o ser humano é acomodado e, por mais que você ouça uma banda todos os dias, na hora H é altamente improvável que você vá abrir a carteira para recompensá-los. Bandas como Radiohead podem se dar ao luxo de fazer experimentos sociais e disponibilizar suas músicas pelo preço que cada um quiser pagar, mas por um bom tempo isso será a exceção que confirma a regra.
Nessa bagunça há duas saídas óbvias, apontadas por qualquer consultor futurologista de meia tigela. A primeira eu mesmo já falei na coluna passada, trata-se de dar um tratamento especial para o meio físico, tornar o CD um objeto de arte, de colecionador, feito para os fãs etc. Coisa que, diga-se de passagem, bandas de heavy metal como o Iron Maiden sabem fazer muito bem. Muito antes da onda mp3 elas já sabiam como lançar caixas e coletâneas para agradar seu público mais cativo.
A segunda saída são os shows, apontados como os salvadores da pátria. Muita gente defende que as bandas devam se popularizar distribuindo sua música de graça e depois capitalizar em cima das turnês. Mas, de novo, isso não funciona para todo mundo. E ultimamento li alguns artigos de especialistas apontando o alto custo para a realização de shows, não só no Brasil mas em qualquer país, o que inviabilizaria esse esquema.
É aí que entra a criatividade de expandir os limites e, inspirado pela música, criar outros produtos e serviços que tragam algo de novo e divertido para as pessoas e, ao mesmo tempo, garantam uns trocados para o artista. Nesse sentido as franquias de videogames Guitar Hero e Rock Band estão sendo apontadas como experiências bem sucedidas de vender música em um novo contexto, colocando as pessoas como protagonistas. Mas, para fugir do clichê, pegarei um exemplo nacional bastante criativo.
Trata-se do game para celular da Pitty, criado para promover seu novo trabalho. Trata-se de uma coletânea de três mini-games. Em um deles você banca a mulher moderna incorporando a Pitty mãe, dona de casa e profissional. No outro você confronta seus medos (ou os medos da Pitty? Não entendi!) por meio de um puzzle. E no terceiro você brinca de fazer stage diving em um show da cantora. A cada mini-game completado o jogador ganha acesso à uma música. Mais informações você encontra aqui, na fonte da notícia:http://www.gamereporter.org/2009/11/03/jogo-da-pitty-e-criado-para-promover-novo-trabalho/
Me parece que as idéias por trás dos mini-games poderiam ter sido melhor desenvolvidas, mas não vou julgar a execução pois não joguei. E o que realmente importa aqui é a cratividade de lançar algo que completa a música, mas ao mesmo tempo ajuda na divulgação. Me arrisco a dizer que esse game faz parte do trabalho, assim como as próprias faixas, o encarte do CD e a turnê que fatalmente acontecerá. A medida que tudo fica mais digital, e portanto menos palpável, é preciso expandir o universo de um trabalho musical para que as pessoas percebam sua existência e queiram remunerá-lo de alguma forma.
Se você tivesse uma banda, o que faria nesse sentido? Um filme? Um livro? Uma coleção de toy art? Uma instalação?
Amanhã tem Dominódromo DJ set na Maldita, no Alley. Quer ganhar um par de VIPs?
Bem, a festinha é amanhã e a gente tem 15 pares de vips para distribuir entre os nossos queridos leitores. Quem quiser ir, é só mandar um e-mail para contato@dominodromo.com.br. Os 15 primeiros a mandar levam os vips.
Ah! Não se esqueçam de participar até amanhã, às 17h.
Serviço:
Maldita Hits - Djs Zé, Gordinho, Fernando e Karen (Dominódromo)
20 de Novembro de 2009, a partir das 23:30h.
Alley Club
Rua Barra Funda, 1066 - Barra Funda.
20R$ porta 10R$ cupom site (Visa e Mastercard)
www.alleyclub.com.br
Dominódromo TV #2: Lulina no Studio SP
Ontem (18/11) a Lulina se apresentou no Studio SP. O Marcelo Perdido esteve por lá batendo um papo com eles, e ainda registrou um pedacinho do show.
Olha aí como foi:
18 de novembro de 2009
Dominódromo TV #1: Brooklyn Bridge
Estávamos cercados de amigos, gente bacana e bandas incríveis (Bear Hands, Telepathe e Chairlift) que, de longe, superaram qualquer expectativa que poderíamos ter, e que temos o maior orgulho de termos trazido para cá. Não poderíamos ter sido mais felizes nas nossas escolhas.
O vídeo é do Marcelo Perdido, que alguns devem conhecer como integrante do bacaníssimo Hidrocor, e alguns devem conhecer como a cabeça por trás da Cinema Perdido. Ele é o idealizador e nosso parceiro na Dominódromo TV.
A ilustração super fofa aí em cima, feita pela Bruna Canepa, é a mesma que ilustra a resenha que o Gilberto Custódio escreveu sobre o festival para o Suppaduppa.
Nos vemos no Brooklyn Bridge 2010 e nos próximos vídeos da Dominódromo TV!!!!
11 de novembro de 2009
Amanhã tem after do Brooklyn Bridge com discotecagem do Telepathe
Serviço:
Festa de lançamento Brooklyn Bridge @ Sonique
Quinta-feira, 12 de novembro
DJs: Telepathe DJ Set, Chá com Bolachas, Carlos Farinha (Bizarre) e Dominódromo (Fernando Araújo, Karen Kopitar e Rodrigo Maceira)
Entrada: R$40 de consumação (H) (R$20 na lista - contato@dominodromo.com.br) e R$00 (M)
Endereço: R. Bela Cintra, 461
Começa amanhã o Brooklyn Bridge com Chairlift, Telepathe e Bear Hands. Estamos sorteando ingressos!!!
Quer ver de perto isso tudo? A gente vai sortear 1 ingresso para cada show para os nossos fiéis leitores. Para concorrer é só mandar um e-mail para contato@dominodromo.com.br, e dizer qual dos shows você está mais afim de ver.
A gente divulga os ganhadores amanhã.
Serviço:
Brooklyn Bridge – Ponte Brooklyn-Pompeia
Sesc Pompeia - Choperia
R$ 28,00[inteira]
R$ 14,00[usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 7,00[trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes
Ingressos a venda nas bilheterias da rede SESC.
Rua Clélia, 93
Pompeia
São Paulo - SP
cep 05042-000
Não é permitida a entrada de menores de 18 anos.
9 de novembro de 2009
6 de novembro de 2009
5 de novembro de 2009
MP3 do dia - BOAT
Deixe-me explicar os antecedentes: depois de anos da repressão chauvinista dos punks e metaleiros, a década de 90 veio para aliviar a vida dos moleques nerds. Com a ascensão do indie rock, a esquisitice e as aspirações intelectuais deixaram de conflitar com os sonhos de rockstar, para virarem justamente a matéria dos mesmos.
Agora, as letras podiam ser mais elaboradas, sinceras, cheias de referências literárias; as músicas podiam ser preguiçosas, delicadas ou realmente esquisitas; a vergonha, a timidez e a acne não seriam empecilhos, mas parte do charme - com sorte, as garotas achariam a proposta adorável. Fazer tipo não era mais necessário!
E aí veio uma grande ironia: visto o sucesso inicial desta revolução educada, muitos começaram justamente a fazer o tipo nerd. Óculos espessos, suéteres de vovó, esquisitice premeditada. Nerd rock, a imprensa logo se apressou a declamar. Foi o fim: o cinismo pós-moderno matou esta pequena fresta de liberdade e auto-assunção para os nerds de verdade. Restou correr de volta para o Vale do Silício e as aulas de English Lit. Ou esperar por 15 anos, como o BOAT fez.
[MP3: boat - tough talking the tulips]
do álbum setting the paces (2009)
FICHA
Quem: BOAT
Onde: Seattle, EUA
Myspace: myspace.com/boatmusic
Vênus de Milo com dois braços # 2: Livro, a nova música.
Você conhece o Kindle? É aquele aparelhinho que funciona como um "iPod de livros", fabricado pela Amazon, e agora vendido oficialmente no Brasil. Trata-se basicamente de um mini computador capaz de armazenar publicações eletrônicas como livros e revistas. A diferença é que ao invés do papel a leitura acontece na tela.
Há quem não se adapte à essa nova forma de consumir leituras, mas já ficou claro que esse é o futuro. Para quê gastar centenas de reais e ocupar um baita espaço montando sua biblioteca se tudo isso pode estar na sua mão, dentro de um gadget só, por um custo bem mais baixo?
E o que isso tem a ver com música? Tudo, pois já vimos essa mesma história há alguns anos, quando os mp3 player começaram a invadir o mercado e mudar a forma como consumimos música. Da próxima vez que andar na rua repare que é cada vez maior o número de pessoas, de todas as classes sociais, que andam para lá e para cá com fones de ouvido.
O impacto dos mp3 players sobre nossos hábitos de consumo de música foram vários, mas vamos nos ater aqui apenas ao fato de que as pessoas estão substituindo as mídias físicas, ou CDs, por mídias digitais, ou arquivos de mp3. É exatamente o que vai acontecer com os livros.
Nessa realidade CD deve ser encarado cada vez mais como um mimo para colecionadores e fãs, uma edição especial, uma versão de luxo do arquivo digital. Pena que muita gente da indústria ainda não entendeu essa lógica, da mesma forma que as editoras também vão demorar muito tempo para entender que daqui a pouco isso vai se aplicar ao consumo de leitura. Livro físico será item de colecionador, objeto de decoração e versão (mais cara) para analfabetos digitais.
A próxima indústria a sofrer dessa transformação, para o bem e para o mal, provavelmente será o cinema, já que os serviços de download de filmes são cada vez mais populares lá fora. Se você pode ter todos os filmes do mundo a um click de distância, para quê encher a casa de caixinhas de DVDs?
Apesar de tudo não se enganem com esse papo de "a história se repete", porque aqui não se trata de várias histórias, mas de uma só. A sociedade como um todo está mudando radicalmente, a uma velocidade muito maior do que a maioria das empresas podem entender e suportar.
Conclusão: da próxima vez que você for comprar um livro, um CD ou um DVD, exija capa dura, encarte especial ou um recheio de extras que compense a aquisição. Como fã você merece. Entre um produto sem graça e sua versão digital, fique com a segunda.
4 de novembro de 2009
Pearl Jam se veste de Devo e Monsters Of Folk de Kiss para o Halloween
Já o Monsters Of Folk se vestiu de Kiss, com maquiagem e tudo, e fizeram um cover de Detroit Rock City.
Olha aí:
3 de novembro de 2009
MP3 do dia - Summer Camp
O Summer Camp, que eu não sei se é uma banda ou uma pessoa só, nos engana ao desenhar as primeiras notas de Ghost Train como algum remix excêntrico da Lykke Li. O rumo é acertado em uns 15 segundos, apontando para uma canção pop, de refrão mágico e esparsos elementos instrumentais aqui e ali.
Ghost Train é seca até o osso: respeita a eminência do silêncio, pedindo licença com voz baixa e uma linha de baixo como percussão. O final, ouvido separadamente, mal registra algum poder de conclusão; na escala da música, porém, soa apoteótico.
A restrição diz muito em tão pouco: há uma felicidade real aqui, na suavidade da voz e da melodia, que não precisa ser alardeada. E cada evidência genuína de que esta existe - uma raridade, pois duvido de quem anuncia a própria felicidade - nos faz levantar um pouco mais a cabeça e seguir adiante.
[MP3: summer camp - ghost trains]
FICHA
Quem: Summer Camp
Onde: Suécia?
Myspace: myspace.com/morganwaves
Made In Paraguay #25: Viva La Vida (Coldplay) por Weezer
Weezer fazendo cover de Viva La Vida, do Coldplay.
Me explica o que é esse agasalho do Rivers Cuomo?