2 de setembro de 2009

não é carne nem peixe #22 - entrevista com hurtmold

Entrevista com Guilherme Granado, do Hurtmold, por Felipe Gutierrez

A banda fez dez anos recentemente, certo? Dá para somar quantos discos todos os membros do grupo gravaram nesses anos - incluindo os que não são do Hurtmold, mas os Bodes & Elefantes, M. Takara, SP Underground, etc.?

Vamos lá: o Hurtmold tem 5 discos (et cetera, cozido, o split com os eternals, mestro e o último), o M. Takara tem 3 discos e um EP, o Bodes & Elefantes 1 disco e um EP digital, o São Paulo Underground 2. Logo esse número deve crescer pois todos esses projetos estão com discos novos em andamento. Sem data prevista, é claro. Portanto por enquanto são 13 discos, fora as incontáveis participações de todos em diversos projetos de diversos artistas ao longo desses 11 anos.

Se um de vocês tem uma ideia musical (uma melodia, por exemplo), como escolhe se usa essa ideia numa canção do Hurtmold ou no projeto paralelo?

Isso é completamente abstrato. Você acaba sabendo que aquilo funcionará com aquele grupo de pessoas ou não. Impossivel, pra mim, explicar como exatamente isso acontece.

O Maurício lançou um vinil recentemente. O último disco - Hurtmold - saiu em CD. Vocês vão continuar lançando discos em CDs? Ou vão mudar para outros tipos de mídia?

Não sabemos. Sempre quisemos lançar tudo nosso em vinil, mas isso não foi possível até agora. Ainda pode acontecer. O CD ainda não se sabe como vai ser daqui pra frente. Não sei responder essa pergunta, ainda...

Me lembro que no Sonar de São Paulo, em 2004, vocês se apresentaram como Hurtmold, "daqui de Pinheiros" (bairro de São Paulo). Vocês tentam, conscientemente, construir um "clima" de São Paulo nas músicas? Se a resposta for negativa, vocês acham que o som do Hurtmold remete à essa cidade?

Não é consciente. Acaba acontecendo, porque vivemos aqui e fazemos musica aqui. Acho que se você é sincero não tem como isso não aparecer uma hora ou outra. São Paulo é a nossa casa, amamos e odiamos essa cidade, ela está presente, sim, na nossa música.

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