Entrevista com White Magic (Mira Billotte). Segundo o Felipe Gutierrez ela está doidinha para vir tocar no Brasil.
Às vezes vocês são associados a um movimento chamado New Weird America, seja lá o que isso signifique. Vocês são, realmente?
Não tenho certeza, mas já escutei e ouvi de bandas que são associadas. Acho que é um gênero que alguém bolou para descrever algumas bandas contemporâneas de rock psicodélico e folk. Mas não acho que a gente se encaixa na categoria. Não acho que ainda exista um gênero para descrever a White Magic.
O Arthur Russell parecia ser um cara tão bacana, não?
Sim. Ele parecia ser um artista único e eu sou uma fã. Sinto uma conexão misteriosa com a música dele, como se tivéssemos um processo ou abordagem semelhante de música - minimal, experimental e que se espalha. E também com a experimentação, fora da avant garde, com a música popular.
Algumas canções e nomes de discos são associados a temas esotéricos, como Dat Rosa Mel Apibus. Vocês são esotéricos?
Dat Rosa Mel Apibus significa a Rosa Dá o Mel para as Abelhas em Latim. Nós somos as abelhas, a rosa é a vida, e estamos numa busca pelo mel, que é um presente. Sim, há temas esotéricos na minha música. Esotérico no sentido de sentido de pertencimento ao domínio do nosso interior e é uma exploração.
2009 foi um ano de muitas conquistas para o The Name, entre elas o lançamento do EP Assonance, e um convite para participar da Canadian Music Week, em 2010.
Aproveitando o clima de final de ano, os sorocabanos fizeram uma versão bacanérrima e exclusiva para o Dominódromo de Soulful Christmas, do James Brown, para comemorar tudo de bom que 2009 trouxe para a banda.
Os caras até deixaram uma mensagem para os nossos leitores e seus fãs: "Quando a gente pensou em fazer algo pro natal, não tivemos outra idéia senão uma música - nada mais justo.
Gravamos e produzimos ela com o Du em três ou quatro dias!
É uma exclusiva homenagem do rei do Funk pra todos os amigos que acompanham a gente!
2010 vai ser mega FODA! Have a good cheer!
Pois bem, a nossa promoção acabou, o show é hoje, e a gente já tem o nome da sortudona que levou um par de ingressos para ver Homem Invisível, Pélico e Bazar Pamplona no Tapas e ainda um CD de cada banda.
E o pacotão de prêmios vai para: Yvone Delpoio.
EEEEEEEEEEEEEEE!!! A gente já entrou em contato com ela por e-mail, e já passou todas as infos de como retirar o prêmio.
Para quem não ganhou, mas mesmo assim quer ver os shows, aí vai o serviço:
Homem Invisível, Pélico e Bazar Pamplona @ Tapas Club 22/12 às 22h Discotecagem: Lulina Entrada: 10,00 Endereço: Rua Augusta, 1246 - Consolação
Tudo começou com Dance Dance Revolution, um videogame que colocava o jogador em uma pista de dança ditando os movimentos que ele deveria fazer. Quanto mais fiel aos comandos, maior a pontuação. Quanto maior o mico que a pessoa pagava frente aos amigos, maior a diversão. Simples assim. DDR foi considerado um sucesso de vendas, mas ainda assim teve lá seu nicho pois não era qualquer um que se propunha a enfrentar o ridículo.
Depois vieram vários jogos similares e Samba de Amigo, que fazia os jogadores tocarem maracas ao ritmo de sons latinos. Samba de Amigo não vendeu tanto quando DDR, mas é considerado um cult e, acreditem, tem uma capacidade enorme de promover diversão.
Até que alguém pensou que, ao invés de maracas, seria muito mais legal tocar guitarra. Tá bom, não sei se o insight foi exatamente esse, mas vamos fingir que sim para a história ficar mais interessante. E então surgiram Guitar Hero, Rock Band, DJ Hero e outros videogames rítimicos, sucessos instantâneos de vendas.
Muita gente da indústria da música está apostando suas fichas nesse gênero. A premissa é muito simples. Fazer o jogador se sentir um guitarrista, um dj, parte de uma banda ou, de uma forma mais genérica, alguém que sobe no palco para fazer música, é um contexto bem interessante para vender música, e nesse caso as possibilidades de pirataria são bem menores.
A grande aposta está na criação de catálogos digitais por meio dos quais os jogadores podem fazer downloads de novas músicas para jogar. Além de aumentar o fator replay do jogo, isso acaba virando um novo canal de vendas para bandas e gravadoras. A outra jogada está nas versões especiais que são tematizadas com uma banda específica, como o Rock Band dos Beatles e o Guitar Hero do Metallica. Sem dúvida é mais uma possibilidade de vender músicas que fizeram sucesso no passado e apresentar velhas bandas para a nova geração.
Que os videogames rítimicos são um achado para a indústria ninguém nega, mas duvido que sejam a salvação. A maioria das pessoas ainda vão preferir ouvir música do jeito "antigo". A lição que fica é que uma forma de combater a temida pirataria é a oferecer algo mais, de preferência algum tipo de experiência interativa que amarre o ouvinte à uma nova plataforma. Se alguma dessas plataformas irá ser tão popular quanto à simples música a ponto de salvar o leite das crianças de quem trabalha com isso, aí fica a questão. Nesse cenário seria possível imaginar, por exemplo, uma banda lançando seu novo álbum direto para os videogames.
Na semana passada surgiu a notícia de que ela tinha perdido a guarda da sua filha Frances Bean Cobain, de 17 anos. Ela desmentiu a história, dizendo que a garota é quem escolheu morar com a sua avó paterna, e aproveitou para descer o pau na filha, via Facebook!!!
Parece que a coisa toda foi tão louca que agora a Frances pediu uma ordem de restrição contra a Courtney.
* O Thom Yorke deu um pulinho até a Conferência do Clima, em Copenhagen, na semana passada. Dá uma olhada nas declarações dele:
E falando em Thom Yorke, o Radiohead entra em estúdio em janeiro para gravar o seu próximo álbum.
* O Final Fantasy acabou! Quer dizer, mais ou menos. Segundo Owen Pallet, o homem por trás do projeto, seus discos solos,a partir de agora, serão lançados com o seu próprio nome ao invés de Final Fantasy.
* Eu continuo na torcida por aquela parceria bizarra entre a Beyonce e o Of Montreal, e parece que ela está cada vez mais perto de se tornar realidade.
O vocalista do Of Montreal, Kevin Barnes, já está escrevendo uma música para a cantora, que já tem até nome: He's My Party Drug.
* O Beck continua com o seu projeto Record Club, e soltou mais um vídeo das colaborações na internet.
Desta vez a convidada é nada mais nada menos do que a Feist, que gravou com ele e mais um monte de gente legal a faixa Weighted Down, do Skip Spence.
Quem estiver a fim de ganhar um par de ingressos para ver essas maravilhosas bandas e ainda levar um CD de cada uma delas (Homem Invisível - Homem Invisível, Pélico - O Último Dia de Um Homem Sem Juízo e Bazar Pamplona - À Espera das Nuvens Carregadas), é só mandar um e-mail para contato@dominodromo.com.br dizendo que você que ganhar o pacotão de prêmios.
Na terça-feira que vem, a gente anuncia o sortudo que levou tudo isso pra casa, ok?
Serviço
Homem Invisível, Pélico e Bazar Pamplona @ Tapas Club 22/12 às 22h Entrada: 10,00 Endereço: Rua Augusta, 1246 - Consolação
Seria muita pretensão dizer que essa é uma lista de melhores discos do ano, mas aqui está a nossa singela lista de 30 ótimos discos lançados em 2009.
Não existe ordem de preferência. Esse é apenas um grupo de álbuns que moraram em nossos corações nos últimos meses, e continuarão por muitos.
Small Black - s/t (ep) Le Lendemain (Danny Norbury & Library Tapes) - Fires Franny Glass - Hay Un Cuerpo Tirado En La Calle Washed out - Life Of Leisure Federico Durand - La Siesta Del Ciprés Leyland Kirby - Sadly, The Future Is No Longer What It Was Animal Collective - Merriweather Post Pavilion A Sunny Day In Glasgow – Ashes Grammmar Atlas Sound – Logos Bibio – Ambivalence Avenue Cymbals Eat Guitars – Why There Are Mountains Grizzly Bear - Veckatimest HEALTH – Get Colour Japandroids – Post-Nothing JJ – No 2 Julianna Barwick - Florine Le Loup – Family Mount Eerie – Wind’s Poem Neon Indian – Psychic Chasms Night Control – Death Control Pictureplane – Dark Rift The Twilight Sad – Forget The Night Ahead The Xx – The Xx Volcano Choir – Unmap Telepathe - Dance Mother Bat For Lashes - Two Suns Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz! Dirty Projectors - Bitte Orca Passion Pit - Manners Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix
Desde sempre, ou pelo menos desde quando me considero um ser alfabetizado, jornais e revistas são os meus melhores amigos para a hora do aperto. Em outras palavras, a imprensa escrita sempre foi minha fiel companheira de trono, do famoso número 2. Mas isso começou a mudar.
Não, não aconteceu do dia para a noite. Certa vez não achei nada de interessante por perto para ler e então lembrei daquele podcast que tive que pausar antes do fim. Pensei que ali seria uma boa oportunidade de continuar escutando-o. A partir daí comecei a substituir gradualmente o papel pelo iPod. Antes que alguém faça uma má interpretação, continuo me limpado com papel higiênico. O que mudou foi a mídia que uso para me distrair nessas horas.
É verdade que um podcast pode ser comparado à uma revista sonora, e que podcast e música são coisas completamente diferentes. Também é verdade que essa coluna é sobre o mercado de música, e não de podcast. Mas, mesmo assim, esse singelo momento abriu minha cabeça para algo que está relacionado ao tema e vem ocorrendo nesses tempos modernos: o crescimento do som em detrimento da imagem.
Oras bolas, quando nasci, em 1980, a TV reinava absoluta em nossas vidas. Depois, com o tempo, lembro de ter presenciado a radicalização do ditado "uma imagem vale por mil palavras". Sempre que podiam substituir a palavra escrita por uma foto, ilustração ou gráfico, faziam. Essa era a fronteira do futuro, pensavam. Mas estávamos todos enganados.
Uma das vantagens de ter quase 30 anos é que, mais ou menos nessa idade, a gente começa a perceber que o mundo funciona de forma cíclica. Quando você acha que alguma coisa está consolidada é porque falta pouco para mudar tudo de novo. E é assim a relação dos seres humanos com som e imagem.
Não peguei o tempo onde as famílias se reuniam em volta do rádio, como você já deve ter visto em filmes e novelas de época, e acho que esse fenômeno não vai se repetir tão cedo. A cada dia que passa consumimos mais som, mas quase sempre individualmente. Enquanto a imagem demanda muito de nossa atenção, o som cabe como uma luva em atividades do dia a dia: uma caminha da casa até o trabalho, a hora de lavar louça, o momento de sentar no trono etc.
E daí? O que podemos esperar disso? Abaixo listo alguns palpites:
- o rádio ganhará importância - videoclipes perderão importância - o novo jornal de grande expressão será um podcast - o novo programa de entrevista de grande expressão será um podcast - a volta das radio-novelas - aparelhos domésticos se adaptarão a essa nova realidade
Gente, o que está acontecendo com essas celebridades hoje em dia???
No final da semana passada surgiram boatos de que o Axl Rose, que um dia já foi galã, mas que atualmente tá a cara do Mickey Rourke, tinha batido em um paparazzi no aeroporto de Los Angeles, o que foi desmentido em seguida por seus representantes.
Agora apareceu na internet um vídeo do Axl descendo o braço no fotógrafo. Não adianta negar, gente! Os gadgets e internet estão aí para mostrar que tudo o que vocês desmentiram era verdade.
Ainda na mesma linha de celebridades batendo em pobres mortais, o Kid Cudi socou um fã no último final de semana, em Vancouver, depois de um mal entendido.
Alguém jogou uma carteira no palco, e o Kid Cudi tentou devolver o objeto para o seu dono. Como tinha um monte de gente lá na frente do palco falando que a carteira era deles, o cantor acabou devolvendo ela para a pessoa errada. O fã então jogou a carteira de volta no palco, o que irritou Kid Cudi de tal maneira, que o fez descer do palco e dar um soco no cara, perdendo completamente a razão.
Um outro barraco que aconteceu recentemente envolvendo o Jay Reatard, por incrível que pareça, se deu de maneira contrária: dois fãs atacaram o roqueirão.
Quem conhece pelo menos um pouco a trajetória do Jay Reatard sabe que ele já agrediu fãs mais de uma vez, e não é difícil achar vídeos no YouTube para provar isso. Só que dessa vez os fãs conseguiram a sua vingança, ou pelo menos tentaram.
Na semana passada Reatard estava tocando em Austin, e depois de 40 minutos de show anunciou que aquela seria a sua última música. Dois fãs revoltados pela performance ter sido muito curta atacaram o cara, que acabou se defendendo com o pedestal do microfone, até os seguranças tirarem os elementos do palco.
Os caras foram presos, e o Jay Reatard saiu ileso. Don't mess with Texas, baby!
O Flaming Lips sempre consegue ser oportunista, no bom sentido. Agora os caras lançaram um enfeite de natal bizarro, em forma de feto. Isso mesmo, um feto prateado de natal.
Segundo o Wayne Coyne o mimo foi feito com um metal exótico, vindo do espaço, o que justifica o precinho salgado de 30 dólares.
Olha aí a "propaganda" feita pelo próprio Wayne. Ah! E não esqueçam de seguir as recomendações dele, hein?
* Na semana passada alguns boatos correram pela internet dizendo que o próximo disco do Arcade Fire seria lançado em maio de 2010.
Um representante da banda desmentiu a história, e disse que o álbum só deve chegar às lojas no segundo semestre do ano que vem. A data exata do lançamento ainda não foi marcada.
* O Passion Pit deu uma passada no programa do Jimmy Kimmel, e fez uma performance o vivo de Little Secrets.
Olha aí como foi:
* Lee Ranaldo disse em uma entrevista para a BBC 6 Music, que o Sonic Youth já deve voltar ao estúdio no ano que vem, para gravar o sucessor de The Eternal, lançado nesse ano.
Ele não parou por aí e disse também que a banda deve lançar um DVD, em breve. O conteúdo dele seria filmagens da turnê que o Sonic Youth fez em 2007 e 2008 tocando o Daydream Nation na íntegra, além de imagens da turnê que eles fizeram em 1988, na época que o álbum foi lançado.
* Lembra que há um tempo atrás foi divulgada a notícia de que o Adam Yauch, do Beastie Boys, estava com câncer?
Recentemente ele deu uma declaração para o Movie Line, dizendo que está se sentindo muito bem depois que fez uma cirurgia para a retirada do tumor.
Quanto aos Beastie Boys, ele falou que já estão conversando sobre quando voltar a fazer shows, e quando lançar o próximo disco deles, Hot Sauce Committee Part 1, que deveria ter saído em setembro, mas teve que ter seu lançamento adiado por causa dos seus problemas de saúde.
* O Handsome Furs fechou o ano com chave de ouro e tocou a música nova A Great Decision, no seu último show de 2009.
Hoje (10/12) é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, e o Portishead resolveu dar uma mãozinha para arrecadar dinheiro para a Anistia Internacional.
A banda lançou, hoje, a faixa inédita Chase The Tear, que está disponível para download aqui, mas pelo menos por enquanto não está disponível para o Brasil. Todo o dinheiro arrecadado com os downloads e com os direitos autorais da música irão para a organização.
A boa notícia é que a gente pode pelo menos ouvir a faixa, já que o seu clipe também saiu hoje. Para assistir, é só clicar aqui.
Você é daqueles que acha que os reality shows são um dos pilares da degradação da sociedade?
Talvez sejam mesmo, mas esse vídeo traz uma visão muito diferente sobre o assunto. Mais especificamente sobre a febre das competições musicais, ou seja, American Idol e similares.
Se nas sociedades ocidentais esse tipo de programa é considerado por alguns o que há de mais fútil, em países mais conservadores essas competições podem ter um papel muito importante. Estou falando, especificamente, de países árabes.
No equivalente afegão do American Idol, o programa acabou reintroduzindo a música na sociedade, anteriormente proibida pelo regime Taleban. Outra coisa curiosa é que isso acabou dando destaque às mulheres, oprimidas pelo mesmo regime. E, mais fantástico ainda, o programa gerou um fenômeno de integração social nunca visto antes: pessoas de uma tribo/etnia/religião votando em candidatos da tribo/etnia/religião rival simplesmente por serem melhores cantores.
Aparentemente o ouvido não sofre de tantos preconceitos. ;-)
* No último final de semana o Rivers Cuomo sofreu um acidente com o seu ônibus de turnê, onde também estavam algumas pessoas que trabalham com ele, além de sua mulher e filha.
Cuomo quebrou 3 costelas e sua assistente duas e uma vértebra, mas passam bem. O resto dos ocupantes não sofreram nada mais sério.
Por causa disso o Weezer cancelou os shows que faria em Dezembro.
* O Phoenix é o mais novo convidado do La Blogotheque, no seu Les Concerts A Emporter. As pop up performances da banda foram filmadas nas ruas de Paris. Para assistir os vídeos, é só clicar aqui.
* Lembra que eu falei aqui na semana passada que a Beyonce disse em uma entrevista que gostaria de gravar com o Of Montreal???
Pois bem, o Kevin Barnes deu uma declaração dizendo que curte muito o trabalho da cantora, e que também quer gravar com ela.
Que lindo!! Alguém junta esses dois?
* O Ross Jarman, do Cribs, sofreu um acidente bem bizarro. Ele estava tomando banho, quando a porta de vidro do box caiu, se despedaçou toda, e cortou feio suas mãos e pés.
Depois de postar no twitter o ocorrido e até uma foto de como ficou a "cena do crime", ele ainda agradeceu por nenhuma parte mais importante do seu corpo ter sido ferida.
Depois disso e do ocorrido com o Ryan Jarman no NME Awards de 2006, fico imaginando se a família é azarada ou apronta demais. Mesmo com tudo isso, o Cribs ainda participou do programa do David Letterman.
O filme, que segundo a banda será bem psicodélico, foi dirigido por Danny Perez, que é amigo de longa data dos caras, e sempre participa das empreitadas visuais do Animal Collective.
Soda Popinski é o nome da festa. Nós do Dominódromo que estamos a organizando. Será na Neu!, nesta quinta, às 23 horas.
Sobre o som da noite, não vamos nos comprometer com gêneros. Nossa garantia é que só tocará música nova e fina, bem no estilo do blog. pode ser rock, eletropop, batidão e o que mais for.
O lugar não poderia ser melhor. A Neu! é a nossa balada favorita em São Paulo: preços honestos, pistinha agitada, bons sons e aquele quintal para se refrescar. Atmosfera de coisa nossa.
Precisamos da força de vocês: levem amigos, inimigos, colegas, parentes, estranhos encontrados na rua e o que mais for. Se tudo der certo, a noite será fixa e nós seremos eternamente gratos.
São só 10 reais de entrada e, prestem atenção, ainda temos VIPs para distribuir. Para ganhar ao seu, é só mandar um e-mail com o assunto SODA POPINSKI para contato@dominodromo.com.br.
Seguindo a tradição do Dominódromo, fica uma amostra do que rolará por lá, ó:
Serviço
Soda Popinski @ Neu!
DJs - Dominódromo (Fernando Araújo e Karen Kopitar)
Convidado - Bruno Scartozzoni
Entrada: R$10
Endereço: R. Germaine Burchard, 421 Site da Neu! Facebook da festa
Eu já tinha falado aqui sobre o show do Dirty Projectors e Holger, que rola hoje, na Clash. Pois bem, depois do show vai rolar um after mais do que especial na Neu.
Os DJs da noite serão surpresa, mas algo me diz que a noite promete algumas presenças ilustres por lá.
Serviço:
After Dirty Projectors e Holger @ Neu DJs: surpresa! Entrada: 10,00 Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 421 - Água Branca
Fomos pegar um ônibus em Chinatown. Destino: Philadelphia. Com ticket na mão, em pé no corredor, ouço que não há lugares. Acabamos esperando por meia hora, na chuva, pelo próximo veículo. Coisa boba, pois veríamos Broadcast. E Atlas Sound. Em uma igreja. Por 12 dólares.
Embarcamos, finalmente. Estava podre, mas dormir naquele ônibus clandestino não seria uma boa ideia; acordar dentro de uma banheira, com um rasgo no torso, não parecia uma hipótese descabida. O alívio só veio com a visão da estação final.
Na Philadelphia, tudo foi mais tranquilo. Andamos, comemos, vimos prédios lindos. Próxima à tal igreja, havia uma loja somente de cervejas - todas geladas! A oferta era tamanha, que a escolha foi de acordo com o poder de atração do design das garrafas, uma mais linda que a outra. Seis dólares depois, com o saco de papel marrom preenchido na mão, entramos na First Unitarian Church.
Tirando a terapia de choque católica a que fui submetido durante o intercâmbio, entrei umas 5 vezes em igrejas. Achei graça, pois, da minha volta em grande estilo. A bebida alcoólica na mão era uma afronta permitida àquele local que eu tanto detestava.
Mas a rebeldia durou pouco: acabei simpatizando com o lugar. A raiva virou admiração, e a sinceridade da mensagem de tolerância até me balançou para a causa deles. Jovens, cervejas e shows de rock, dentro de uma igreja! E sem pedidos por dízimos, argumentos de venda sobre o homem de Nazaré ou qualquer restrição às apresentações das bandas. Uau. Quase me converteram. Quase.
Broadcast foi arte. Show conceitual, em que a dupla ficou no escuro e deu o palco para as projeções mais impressionates que já vi na vida, feitas por The Focus Group (Julian House), em sincronia perfeita com as músicas. Gradualmente, o repertório, que começou como experimentos abstratos em sintetizadores, foi tomando a forma das músicas que eu tanto ouvi na minha vida (Corporeal, Black Cat...) e novidades. Em alguns momentos, a supostamente serena Trish, dona daquela voz tão indiferente, vociferou: arrumem o lixo deste som. Não deve ter percebido que ninguém estava incomodado.
Broadcast - Corporeal
Depois, o fim da noite coube ao Atlas Sound. Qualquer leitor do blog sabe do meu fanatismo pela música do senhor Bradford Cox. Logo, confesso que algumas pequenas lágrimas escaparam ao ver a lânguida figura dele no palco, tão frágil, afinando e tocando múltiplos instrumentos, como se o seu destino não estivesse traçado. E o show não tinha começado ainda! Ouvir sua voz angelical, pois o local permite o uso do clichê, seria o fim.
Uma tangente explicativa: a morte costuma vir cedo para quem sofre da Síndrome de Marfan. E desarma ver que a existência de alguém tão talentoso possa ser negada por algo tão estúpido.
Mas a tristeza teve que passar, pois a música surgiu, com loops de guitarra, efeitos múltiplos, gaitas, eletricidade e acústica. A força do Atlas Sound não está em seu estilo, mas em virtudes superlativas: melodias lindas, texturas sonoras, composições que movem. E entre as canções, para dar cabo da minha depressão inicial, o raciocínio rápido de Bradford não falhava em tirar risadas da plateia.
O show foi perfeito. Nem precisava ter sido em uma igreja. Mas foi. Sentado no chão, a um metro do palco, Red Stripe no papel marrom e pilha de vinis ao lado. Não queria ir embora, mas tive que atender ao desejo do Bradford, "have a safe trip", em toda a sua delicada simpatia. A segurança da viagem, eu não podia garantir, mas a felicidade no caminho de volta seria certa.
* O Pete Doherty aprontou mais uma das suas bizarrices. Dessa vez o doidera cantou um trecho do hino da Alemanha, que tinha sido retirado da versão atual, depois da Segunda Guerra Mundial, por ser considerado nazista, durante um show que ele fez em Munique.
Como não poderia ser diferente, a plateia vaiou e xingou o cara até não poder mais, mas mesmo assim ele ainda conseguiu cantar mais cinco músicas antes da apresentação ser interrompida a pedido dos organizadores. Mais para o final desse vídeo aí tem o registro do momento no qual o Pete começa a cantar: “Deutschland, Deutschland über alles”, algo como "Alemanha, Alemanha acima de todas no mundo".
* O New Young Pony Club vai disponibilizar a faixa Lost A Girl para download gratuito, a partir do dia 14 de dezembro, no seu site oficial. A faixa faz parte do segundo disco da banda, The Optimist, que sai no dia primeiro de março de 2010.
* Saiu o trailer do documentário, No Distance Left to Run, que mostra tudo o que rolou na reunião do Blur, no último verão europeu. O filme será lançado no dia 19 de janeiro do ano que vem.
* A Beyonce disse em uma entrevista ao Guardian que entre os artistas com os quais ela gostaria de trabalhar um dia está o Of Montreal!!!!
Ela disse que andou conhecendo alguns nomes mais alternativos graças a sua irmã Solange, e que gostaria de fazer algo diferente do que ela está acostumada a fazer.