26 de maio de 2009

não é carne nem peixe #16 - yeasayer



Entrevista com Yeasayer (Chris Keating), por Felipe Gutierrez.

Quem disse que o Yeasayer é Enya com uma batida (“Enya with a bounce”), que é a descrição da banda no Myspace?

Enya com uma batida? Esqueci quem disse isso. Mas eu gosto… Eu gosto da Enya, e ia gostar mais se fosse possível dançar ao som dela.

Na imprensa brasileira vocês foram colocados num conjunto de novas bandas que usam sons de diferentes culturas numa música moderna, up-to-date. Era essa a intenção? E quais outras bandas vocês acham semelhantes ao Yeasayer, se é que alguma realmente o seja?

Nós achamos que estamos fazendo música num mundo que está ficando menor e menor, e que só parecia lógico que deveríamos pegar referências de onde pudéssemos. A intenção era fazer música que refletisse o conceito de globalização (o bom e o ruim) e levasse em conta a facilidade com que a música viaja, pela internet, para todos os cantos do globo.

Não sei quais as intenções e filosofias por trás da música de outras bandas, mas o Brooklyn é o lugar mais empolgante para fazer música neste momento, e tem muita gente talentosa tentando superar as fronteiras sônicas.

Vi a sua performance no La Blogotheque. Vocês estavam um tanto relutantes?

Nós estávamos relutantes para a performance do Blogotheque só porque foi depois de um show em Paris, e a última coisa que queríamos fazer depois do show era um outro show. Nós tentamos dar tudo em todas as apresentações e geralmente isso me deixa acabado. Eu não toco em festas pós-show porque estou completamente esgotado e minha voz fica rouca. Nesse caso, porém, eu já conhecia as Take Away Performances, e as achava brilhantes, então decidimos por fazer a nossa. Hoje estou muito feliz pela decisão e acho que o Vincent Moon é um grande diretor, que trabalha de uma maneira muito contemporânea.

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