O Superdrag viveu uma daquelas histórias clássicas de ascensão e queda que marcaram o indie rock dos anos 90. Forjaram técnica e reputação em pequenos shows pelo seu estado, Tennessee, até o ponto no qual lotavam as casas locais. O barulho causado despertou o interesse de uma gravadora indie, a Darla Records, pela qual lançaram um EP maravilhoso, The Fabulous 8 Track Sounds of Superdrag, em 1995. O disco virou hit entre fanzines e rádios universitárias (os blogs de MP3 da época), e o nome da banda propagou-se para o resto do país. Naquela época estranha, na qual todas as majors buscavam o próximo grande nome do rock alternativo, o Superdrag virou objeto de leilão, e acabou por fechar um contrato com a Elektra.Nessa nova fase, lançaram o disco Regretfully Yours, que até fez um certo sucesso, graças ao single Sucked Out. Mas já no segundo disco, assim como aconteceu com as dezenas de bandas indie contratadas durante a bolha especulativa do pós-grunge, foram largados pela gravadora. O som já estava datado, achavam os executivos da Elektra.
A banda acabou em 2003*, em silêncio, mas deixou músicas que falam por si só. A minha preferida, a maravilhosa Phaser, que pode ser ouvida no player abaixo, sintetiza o som do Superdrag - pop, sim, cheio de ganchos melódicos, mas com dissonâncias, muralhas de guitarras distorcidas e licks rasgados, como o desferido pela segunda guitarra, logo na intro. Música para ouvir alto e sempre. Isso que é power pop, certo?
[MP3: superdrag - phaser]
* Por coincidência, ao procurar uma foto para o post, descobri que o Superdrag voltou à ativa, já com datas marcadas para setembro e outubro. Como as coisas são cíclicas...
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