Em 2001, quando a Cat Power veio para o Brasil, o show foi muito ruim. Era ela sozinha com uma guitarra no palco – ela quase não se mexia e reclamou que o piso era emborrachado e que não dava para marcar o ritmo com o pé. Deu microfonia por mais da metade da apresentação e ela estava bem deprimida. A única coisa legal era que ela começava uma música e parava no meio. Daí dizia que tinha mudado de idéia, ia tocar outra. Numa hora ela perguntou para a platéia se alguém lá gostava de Spaceman 3. E fez um cover deles.
Em 2007, quando ela veio para cá pela segunda vez, o show foi pior ainda. A banda dela imita a banda que acompanhava o Neil Young no começo dos anos 70. A Chan Marshal não ficou parada, dançava e ia de um lado para o outro meio dobrada. Ela se mexia de um jeito meio patético. Uma amiga minha batizou a movimentação de “dancinha da dor no fígado”. Pertinente. Eles fizeram um monte de covers – até das próprias canções da própria Cat Power, que ficaram irreconhecíveis para pior.
Para ser bem sincero, não gosto dessa fase “clean” e “de bem com a vida” dela. Acho que ela deveria voltar a se drogar e fazer discos bonitos.
Mas daí veio o show do Antony. Não sou grande fã dele. Acho meio exagerado, meio melodramático. Mas a apresentação foi linda.
O Antony é piadista no palco. Num intervalo entre canções ele resolveu apresentar a banda. Começou a falar do violinista. Daí disse: “aconteceu uma coisa com o fulano hoje. Mas eu não vou contar. Conto? Tá bom. Ele entrou num quarto errado no hotel e viu oito brasileiros, todos pelados, com pintos dessa grossura (fez gesto com a mão), alguns deles com uma semi ereção. Mas ele estava muito cansado da viagem, então foi para o quarto dele, tomou banho e dormiu”. Na verdade, não lembro bem se era isso, mas era algo próximo disso.
As músicas foram quase todas do último disco. Ficaram super bonitas ao vivo. Bem fiéis à gravação. Ele ainda cantou Velvet Underground (uma música do “king” Lou Reed, segundo Antony) e aquela disco I Will Survive. Só que essa foi só até a metade. Quando ele parou, disse: “só temos até essa parte, o resto a gente ainda precisa arranjar”. Sensacional. Ah, e ele repetiu o único acerto da Chan Marshal em 2001 – começava uma música e parava antes do fim, dizia que não estava acertando e trocava de canção, sem pudor de parecer nervoso.
Em 2007, quando ela veio para cá pela segunda vez, o show foi pior ainda. A banda dela imita a banda que acompanhava o Neil Young no começo dos anos 70. A Chan Marshal não ficou parada, dançava e ia de um lado para o outro meio dobrada. Ela se mexia de um jeito meio patético. Uma amiga minha batizou a movimentação de “dancinha da dor no fígado”. Pertinente. Eles fizeram um monte de covers – até das próprias canções da própria Cat Power, que ficaram irreconhecíveis para pior.
Para ser bem sincero, não gosto dessa fase “clean” e “de bem com a vida” dela. Acho que ela deveria voltar a se drogar e fazer discos bonitos.
Mas daí veio o show do Antony. Não sou grande fã dele. Acho meio exagerado, meio melodramático. Mas a apresentação foi linda.
O Antony é piadista no palco. Num intervalo entre canções ele resolveu apresentar a banda. Começou a falar do violinista. Daí disse: “aconteceu uma coisa com o fulano hoje. Mas eu não vou contar. Conto? Tá bom. Ele entrou num quarto errado no hotel e viu oito brasileiros, todos pelados, com pintos dessa grossura (fez gesto com a mão), alguns deles com uma semi ereção. Mas ele estava muito cansado da viagem, então foi para o quarto dele, tomou banho e dormiu”. Na verdade, não lembro bem se era isso, mas era algo próximo disso.
As músicas foram quase todas do último disco. Ficaram super bonitas ao vivo. Bem fiéis à gravação. Ele ainda cantou Velvet Underground (uma música do “king” Lou Reed, segundo Antony) e aquela disco I Will Survive. Só que essa foi só até a metade. Quando ele parou, disse: “só temos até essa parte, o resto a gente ainda precisa arranjar”. Sensacional. Ah, e ele repetiu o único acerto da Chan Marshal em 2001 – começava uma música e parava antes do fim, dizia que não estava acertando e trocava de canção, sem pudor de parecer nervoso.
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