O Planeta Terra foi bem legal. O trauma do TIM Festival enalteceu a ótima organização do evento, que realmente teve cara de festival. Para qual show ir? Nossa, o banheiro e o caixa não têm fila? Cerveja a quatro reais e refrigerante a dois? Dá para descansar em um gramado, se eu quiser (foi o caso)? Falarei dos shows que vi:
Tokyo Police Club - Amo a banda, mas esperava um pouco mais. O som estava ruim, com os canais misturando-se e os volumes errados entre os instrumentos, a platéia estava um tanto morna e os trejeitos e berros do tecladista eram um tanto irritantes - sua platéia é indie, garoto, seja mais blasé! Mas foi incrível ouvir Nature of the Experiment, Citizens of Tomorrow e Be Good, ao vivo e a cores. Eles também tocaram uma música nova incrível e uma cover de Frieds of P, do Rentals, essa talvez pela falta de repertório - ainda nem lançaram um disco completo!
Datarock - Muito cafona. Parecia uma mistura bizarra de eurodance, 3 tenores, black metal norueguês fajuto (o início foi estranhamente barulhento) e alguns dos piores teclados que já ouvi na minha vida. Aposto que eles são grandes em Ibiza. Os sujeitos eram esforçados e carismáticos, entretanto. A piada em suas músicas é intencional, aparentemente, e eles sabem se divertir com isso. O vocalista até comemorou o fato do Brasil ser o trigésimo país no qual já tocaram - realmente, impressiona o quão longe essas músicas os levaram. Mas é duro falar mal de uma banda que termina o show com uma empolgante versão extended de Fa Fa Fa - música da qual não gosto, mas que foi divertida ao vivo - e o playback da sensacional Time of My Life, do filme Dirty Dancing, com a platéia cantando em coro, o vocalista fingindo tocar bateria junto à música, e o tecladista usando seu instrumento como um saxofone.
Lily Allen - Bleh. Bem meia boca. Saí correndo e fui ao show do Cansei.
CSS - É clichê dizer isso, mas impressiona como a banda melhorou no palco, em postura e técnica. A espontaneidade diminuiu? Sim, um pouco. A banda não joga bolinhas no público, como nos dias de Generics. Mas o show é bem melhor em termos musicais - os que mais importam -, soando diverso como o disco e mostrando a surpreendente força pop do repertório. E a cover de Pretend We're Dead é sensacional.
The Rapture (foto) - Uau. Outra banda que evoluiu horrores. O show do TIM Festival em 2003, embora extremamente divertido, foi aniquilado por essa apresentação. O Rapture cadencia muito bem: em questão de segundos, sempre encontra um groove, e não larga dele nem por decreto. As batidas soaram perfeitas, dignas de algumas das dancinhas mais ridículas que já fiz em um show. Faltaram algumas músicas (Out of the Races & Onto the Tracks, que será tocada no próximo sábado, foi o caso mais gritante), e sobraram outras (First Gear não acabava...), mas não há como negar que, após o absurdo burburinho acerca do Echoes e as acusações de vigaristas, a banda conseguiu lançar um segundo disco convincente e coerente, quando todos esperavam um retumbante fracasso. Ouvir a coesão entre os dois álbuns mostra que o Rapture já forjou uma carreira, muito além do mero hype.
Kasabian - Doente e cansado, preferi ir para casa, pois não gosto da banda. Deve ter sido divertido para quem gosta.
*Foto tirada do site do festival. Para ver mais fotos e vídeos do Planeta Terra, é só clicar aqui.
3 comentários:
poxa, vcs perderam os dois melhores shows da noite! devo foi incrivelmente bom, foi todo pulante e feliz, me lembrou um pouco o show do flaming lips em 2005.
E eu gosto de Devo, ainda por cima! Mas tive que fazer uma escolha, e decidi ficar no Rapture. Quando eles tocaram, logo de cara, Get Myself into It e House of Jealous Lovers, sabia que tinha feito a escolha certa.
imagino...a principio eu ia mais por causa do rapture, como o devo começava meia hora antes eu fui dar uma olhada la, e ja consegui ficar na grade e quando vi essa meia hora nao quis mais sair...mas me doeu perder rapture! =(
eu so nao entendi pq picole do rochinha la era mais barato do q na loja deles! hahahaha
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