Nunca tinha entendido todo o hype acerca do Ghostland Observatory. A dupla, lendária em sua cidade-natal, Austin, começou a ser badalada pelos blogs americanos após uma apresentação no Austin City Limits de 2007. Baixei uns MP3s na época, não achei as músicas lá essas coisas, bleh. Deviam estar inspirados na tal noite. Fora a vantagem de tocar em casa.
Dia desses, sem grandes pretensões, parei para assistir um vídeo deles tocando Vibrate, ao vivo. Fiquei extasiado. A dança, a capa prateada, os óculos, a incrível voz - ainda que um pouco irritante - de Aaron Behrens... Dane-se a música; que show sensacional!
Diante de um futuro tão incerto para a indústria fonográfica, o Ghostland Observatory é a constatação de que o show de música nunca morrerá. Nada substituirá o mundo real, a euforia de estar lá, presente, nessa estranha e endógena troca de energia entre artista e audiência. Cabe à banda representar o seu papel: se é para ser ao vivo e cobrado, que ela se entregue ao momento, extrapole a réplica fiel do seu disco, entenda que a performance é audiovisual, presencial (argh) e interativa. Essa é a verdadeira origem da música, o palco, muito antes da gravação, do iPod ou do rádio.
O MP3 está aí, claro, mas o que realmente importa é o vídeo abaixo.
[MP3: ghostland observatory - vibrate]
Um comentário:
O show é realmente legal. O foda é que desse ângulo, precisamos ver o saco do cara o tempo todo, está bem no meio da tela.
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