Pode soar como um instrumento para cada direção. Dizem que é jazz. Eu digo que é divertido. Assim soa o início de Present of Future End, do novo disco do The Most Serene Republic.Assumo que não achei o primeiro disco do septeto canadense, Underwater Cinematographer (2005), lá essas coisas, ainda mais considerando o inerente pedigree do selo Arts & Craft. Mas Population, o novo álbum, previsto para outubro, soa mais confiante, complexo, grandioso. E a bagunça inicial da música, com os vocais justapostos e os instrumentos espásticos, faz sentido quando chega o refrão, maravilhoso, cantado, uníssono, por cada uma das partes divergentes, enquanto a guitarra desfila um riff surpreendentemente nervoso. Pena que não volta mais!
Isso que deveria ser o hypado Polyphonic Spree, uma banda que, no final das contas, entrega motes fáceis para blogs e imprensa, enquanto sua música não corresponde com o símbolo produzido.
Aqui, a banda numerosa e o coral fazem sentido. De fato, o Most Serene Republic entrega suas aspirações maiores: uma espécie de indie épico, oxímoro na percepção ordinária, claro, mas que muito me agrada.
[MP3: the most serene republic - present of future end.mp3]
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