Primeiro, foi o comercial tosco da Dr. Martens, usando a imagem de Kurt Cobain para vender botas. Agora, surgiu um protótipo de um Nike Blaze, comemorando os 30 anos da formação do Joy Division e o lançamento de Control, desenvolvido por Dylan Adair. A arte da capa do disco Unknown Pleasures, criada por Peter Saville, consta na língua, e há também alguns versos espalhados de Atrocity Exhibition e Insight no interior e no swoosh do tênis. Mais: a caixa do mimo vem com um logo da Factory Records, em alto-relevo. A paleta de cores não poderia ser mais minimalista: branco sobre branco.
Minha opinião? Se o Ian Curtis estivesse vivo, tentaria se matar novamente. Existe maior contradição do que um Nike do Joy Division? Ele parecia um (raro) punk legitimamente incomodado com a comercialização de sua arte. Não dá para imaginar algo mais comercial e sem qualquer sopro de vida do que um tênis da Nike.
Não que eu não use Nike. Tenho vários. Mas sempre fui um vendido.
Por outro lado, nem tênis, nem filme - e, provavelmente, nem mesmo a lenda do Joy Division! - existiriam se Curtis ainda estivesse por aí. Toma essa, Stephen Hawking!
Dica do Bruno.
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